quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tanta coisa desnecessária na vida...



Aquela palavra ferida
Aquele comportamento desnutrido
Aquele objeto partido
Aquela esperança que sumiu
Aquele sorriso que enganou
Aquela verdade que mentiu
Aquela lágrima que escorregou
Aquele olhar que desampara
Aquele abraço que desabriga
Aquela pessoa que penaliza…

Tudo desnecessário!

Pois o que a vida precisa
Não é de formas doentias
É de amor!

Não que eu queira a perfeição
Mas dá para viver machucar o coração.
Não é tão difícil assim
Só depende de mim
Mas eu não consigo Viver sem
Magoar alguém.

- Eu sou o meu problema!
E o seu também.

(Melina Murano)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A tristeza



Mora em mim como um furacão
Uma grande tristeza que não tem explicação.
Vejo as flores e os pássaros a voar
Mas nada tira de mim aquele triste olhar.

É uma grande interrogação
Pois ela simplesmente vem sem pedir permissão
E leva a beleza que existe
Em cada sorriso que persiste.

E não tem nada pior do que ter como relíquia
Aquela antiga melodia,
Que entorpece
E a vida adormece
A realidade enfraquece
Tudo se esquece…
Somente o ar permanece.

Comovida sempre a chorar
Eu te pergunto: - O que te faz acordar?
Ela me responde que é a esperança
Daquele singelo olhar de criança
Que mora na minha lembrança.

(Melina Murano)

domingo, 17 de abril de 2011

O Passado...


Hoje eu queria que o abraço dado não tivesse acabado
Que aquele encontro marcado não tivesse terminado.
Que a vida,  às vezes, não se reduzisse em momentos que passaram.

Quero reviver o meu passado
Dizer o quanto foi bom ter te encontrado.
Sentir novamente o seu pulsar
E ter a certeza de que aquilo não iria acabar.

Mas já me acostumei em pensar
No que passou.
Por isso eu vivo de pensamentos
Que eu vivi,
Ou que eu nunca vi
Mas tive vontade de sentir.

Então minha vida é uma ilusão?
Não! Minha vida é a certeza de que nada foi em vão.
Por isso eu penso no passado mas não moro nele.

Eu moro no presente
Sonho com o futuro
E tenho guardado lá no fundo
O passado melhor do mundo. 

(Melina Murano)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Delírios de um encontro

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Sonhando como um anjo
Venho de olhos fechados ao seu encontro
Carrego nas mãos o mais singelo dos sentimentos
E guardo na memória os momentos que nunca tivemos.

Em meu devaneio tenho os seus lábios
Que ao tocar os meus entro no mais puro êxtase.
Suas mãos percorrem o meu corpo
Escorrem como uma vela acesa
Quanto mais queima
Mais derrete e vai acabando…
Apagando…
Lentamente…
Dissolve tão frágil
Tão ágil
Tão quente
Tão dormente.

É o momento que nos aproxima
Que nos fascina
Que nos entrega
Que nos apaga.

Como um copo de vinho
Que nos embriaga
Entontece
Atordoa
Amolece
E clama por um único suspiro.

E por várias vezes a chama  foi acesa
E por muito tempo o copo fartou
Que nos fez repetir esse encontro
Tão sublime
Tão delicado
Tão perturbador
Tão envolvente.

Mas que morre exatamente na união das nossas  mãos
E o singelo sentimento cai no chão.
E o meu sonho angelical
Se transforma em uma realidade fatal.
A vela derreteu e a parafina endureceu
E do vinho sobrou apenas a ressaca
E os meus sentimentos viraram pó na madrugada.

(Melina Murano)  

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domingo, 10 de abril de 2011

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"Não escrevo o que minha alma grita e sim o silêncio dela."

(Melina Murano)

sábado, 2 de abril de 2011

VENDO-SE


Passei a vida tendo vergonha.
Passei? Passo! Passarei…
Não me diga que você não sabia
Que a minha alma era de mentira.

Não sei o que é pior
Ficar só ou olhar ao redor.
Os seus olhos de encontro ao meu
Colocam um medo maior que eu.

Então eu percebo que o meu medo
É só a transfiguração
Da minha imagem na sua visão.

Eu não quero ser refletida
Nas visões da vida.
Quero ser uma só
Para poder viver sem nó.

Mas isso não é permitido
Pois contra os olhos doentios eu não tenho feitiço.
E quem me olha quer ver
Aquilo que ele escolher.

Eu não sou o que você vê,
Sou a sua fobia
Que de tanto perturbar
Criou vida.

E é isso que me causa agonia
Ter que conviver com a sua visão doentia.

(Melina Murano)