domingo, 7 de setembro de 2008

Mary Shelley


Analisar Mary Shelley, não foi fácil, não porque ela é uma autora condensada, mas por existirem poucas informações sobre ela, mas o pouco que eu consegui eu fiz. e está aí:
Mary Wollstonecraft Shelley
Nascida em 30 de Agosto de 1797 na cidade de Londres, sua mãe, Mary Wollstonecraft, morreu 10 dias após o seu nascimento, mesmo assim foi uma das primeiras feministas da história. Seu pai Willian Godwin era um grande escritor e jornalista da época com idéias revolucionárias e apoiava as causas feministas. Após a morte de sua mãe seu pai se casou novamente e teve uma outra filha Jane Clairmont.
A infância de Mary foi rodeada de intelectuais que faziam parte do circulo de amigos de seu pai, provavelmente o que tenha ajudado e incentivado ela a escrever desde cedo, pois aos 10 anos ela publicou o seu primeiro poema.
Em 1814 Mary conheceu em um jantar oferecido por seu pai o poeta romântico Percy Shelley, ele era casado, mas quando se conheceram foi amor a primeira vista, o pai de Mary não gostou muito da história e fez de tudo para os dois não se aproximarem, mas Shelley ofereceu uma boa quantia em dinheiro para Godwin, ele então permitiu que eles fossem para a Suíça e Mary levou sua irmã Jane, que estava grávida de Byron, passearam pela Europa e em 1816 puderam finalmente se casar pois a primeira esposa de Shelley havia falecido.
Quando chegaram a Genebra ficaram durante um período na casa de Byron, pois ele havia se separado de sua esposa a pouco tempo e a mesma saiu espalhando que ele era homossexual com seu amigo John Polidori que era médico, Byron resolveu alugar um castelo que ficava as margens de um pântano, e durante um bom tempo os cinco moraram ali, formou-se então um belo circulo de amizade entre eles, Shelley passava horas conversando com Byron sobre diversos assuntos e Mary passeava com Jane pelas redondezas do castelo, esse cenário sombrio, úmido e frio, inspiraram eles a contarem histórias de fantasmas, e escolhiam o período noturno sempre em volta da fogueira, naquela época o romance gótico havia surgido, e toda noite só se contava histórias de fantasmas, vampiros, bruxas e maldições e então foi proposto que cada um deles criassem a sua própria história de fantasmas, e a única que conseguiu foi Mary, só que ela foi alem do proposto e criou um mito na literatura inglesa e modificou os romances góticos, criando o romance gótico-psicológico. O romance gótico aborda todos os tipos de horrores, mistérios terrificantes, torturas, etc. na maioria das vezes o cenário é lugebre e desolado geralmente em castelos e os personagens são amaldiçoados. No romance psicológico prefere indagar e analisar os motivos íntimos das decisões e indecisões humanas. Como ela inovou criando um monstro criado pelo homem, e logo esse homem se arrepende de sua criação, temos um romance que trata de um tema monstruoso e temos todo o arrependimento do dr Frankenstein de ter criado o seu monstro, o cenário é desolado, pois ele cria o monstro em seu laboratório, mas não chega ser em um castelo. Frankenstein é o principal romance que Mary escreveu. A primeira edição da obra, em 1818, foi um imenso sucesso.
Em 1819, Mary tem uma crise nervosa após a morte de seu filho Willian que morreu aos 3 anos de malária. De seus cinco filhos apenas um sobreviveu, Percy Florence. No ano de 1822 Percy Shelley se afogou na Baía de Spezia, próximo a Livorno. Pouco antes quem veio a falecer foi Aleggra, a filha de Byron com Jane. Após dois anos da morte de Shelley foi à vez de Byron morrer. E em 1823, Mary voltou para a Inglaterra e decidiu que nunca mais se casaria. Ela dedicou-se a educação e prosseguiu com sua carreira de escritora. Seu sogro, Sir Timothy Shelley, após a morte de Shelley não ajudou Mary em nada, nem ajudou o seu neto, mesmo ela nunca tendo se casado.
Nenhuma de suas outras obras (cerca de 30) obteve o mesmo sucesso que a primeira. Seus trabalhos mais tardios incluem Lodore (1835) e Faulkner (1937), Mathilde (de 1819, publicada em 1959), que traça as relações entre Godwin e Shelley. Valperga (1823) é um romance passado no século 14, e "O último homem" (1826) prevê o fim da civilização humana e a gradual destruição da raça humana através de uma praga. A história é narrada por Lionel Verney, que mora nas ruínas de Roma. As feministas interpretaram como sendo uma fantasia da corrosão total da ordem patriarcal.
Com o tempo, Mary Shelley deixou de escrever romances, quando o realismo começou a ganhar notoriedade. Ela escreveu vários contos para jornais, particularmente para o The Keepsaker, além de produzir vários volumes de "vidas" para a Enciclopédia Cabinet, da Lardner. A primeira edição dos poemas de Shelley (em 1839, 4 volumes) também teve a sua inscrição. Ela ainda tentou fazer uma biografia de Shelley, mas abandonou o trabalho sem o concluir. Faleceu em 1851, aos 54 anos.


PS: é uma pena que não falamos da obra Frankenstein, a análise ficou com o outro grupo

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

É para lá que eu vou.


Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto - é para lá que eu vou. À ponta do lápis o traço. Onde expira um pensamento está uma idéia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou. Na ponta dos pés o salto. Parece a história de alguém que foi e não voltou - é para lá que eu vou. Ou não vou? Vou, sim. E volto para ver como estão as coisas. Se continuam mágicas. Realidade? eu vos espero. E para lá que eu vou. Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei aonde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que eu vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio. Não sei sobre o que estou falando. Estou falando de nada. Eu sou nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome. É para o meu pobre nome que vou. E de lá volto para chamar o nome do ser amado e dos filhos. Eles me responderão. Enfim terei uma resposta. Que resposta? a do amor. Amor: eu vos amo tanto. Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber. À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo. Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxa que sou. E me transmuto. Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente. Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.

Clarice Lispector

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Por que na vida tudo se constrói, nada vem pronto

de vida*****

Loja de Deus

Entrei e vi um Anjo no balcão.

Maravilhado, disse-lhe:

- Santo Anjo do Senhor, o que vendes ?

Respondeu-me:

- Todos os dons de Deus.

Perguntei:

- Custa muito?

Respondeu-me:

- Não, é tudo de graça.

Contemplei a loja e vi jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas com salvação, potes com amor. Tomei coragem e pedi:

- Por favor, Santo Anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação eterna para mim e para minha família também.

Então o Anjo do Senhor preparou-me um pequeno embrulho, tão pequeno, que cabia na palma da minha mão. Maravilhado, mais uma vez, disse-lhe:

- É possível tudo estar aqui ?

O Anjo respondeu-me sorrindo:

- Meu querido irmão, na loja de Deus não vendemos frutos. Apenas sementes.



*****Sem comentários da minha parte sobre o texto acima, é simplemente uma linda lição de vida*****




domingo, 13 de janeiro de 2008

Um dia percebemos!

♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.


Vc não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela..

Um dia nós percebemos que as mulheres tem extinto caçador e fazem qualquer

homem sofrer...

Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...

Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...

Um dia percebemos que o comum não nos atrai...

Um dia saberemos que ser classificado como o bonzinho

não é bom...

Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...

Um dia saberemos a importância da frase: Tu te tornas eternamente responsável

por aquilo que cativas...

Um dia percebemos que somos muito importante para alguém mas não damos valor

a isso...

Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais...

Enfim...um dia descobrimos que apesar de viver quase 1 século esse tempo todo

não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijamos todas

as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem que ser dito..

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou

lutamos para realizar todas as nossas loucuras...

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

Para o homem provar que é homem , não precisa

ter mil mulheres. Basta fazer uma feliz.

♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥


segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Que eu não perca...


Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo sabendo que as rosas não falam... Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera pode não ser tão alegre... Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa... Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas... Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir, esta ajuda... Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia... Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim... Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão meus olhos... Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos... Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas... Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu... Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos... Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma... Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia... Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado... Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno... E acima de tudo... Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente! Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois... A Vida é construída nos sonhos e concretizada no AMOR!