quinta-feira, 21 de abril de 2011

A tristeza



Mora em mim como um furacão
Uma grande tristeza que não tem explicação.
Vejo as flores e os pássaros a voar
Mas nada tira de mim aquele triste olhar.

É uma grande interrogação
Pois ela simplesmente vem sem pedir permissão
E leva a beleza que existe
Em cada sorriso que persiste.

E não tem nada pior do que ter como relíquia
Aquela antiga melodia,
Que entorpece
E a vida adormece
A realidade enfraquece
Tudo se esquece…
Somente o ar permanece.

Comovida sempre a chorar
Eu te pergunto: - O que te faz acordar?
Ela me responde que é a esperança
Daquele singelo olhar de criança
Que mora na minha lembrança.

(Melina Murano)

Um comentário:

  1. Melina, esse seu poema é maravilhoso...
    Prefiro os poemas seus que mostram a esperança e o amor... apesar de admitir que as poesias menos otimistas são incrivelmente sensíveis...
    Parabéns...

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