segunda-feira, 11 de abril de 2011

Delírios de um encontro

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Sonhando como um anjo
Venho de olhos fechados ao seu encontro
Carrego nas mãos o mais singelo dos sentimentos
E guardo na memória os momentos que nunca tivemos.

Em meu devaneio tenho os seus lábios
Que ao tocar os meus entro no mais puro êxtase.
Suas mãos percorrem o meu corpo
Escorrem como uma vela acesa
Quanto mais queima
Mais derrete e vai acabando…
Apagando…
Lentamente…
Dissolve tão frágil
Tão ágil
Tão quente
Tão dormente.

É o momento que nos aproxima
Que nos fascina
Que nos entrega
Que nos apaga.

Como um copo de vinho
Que nos embriaga
Entontece
Atordoa
Amolece
E clama por um único suspiro.

E por várias vezes a chama  foi acesa
E por muito tempo o copo fartou
Que nos fez repetir esse encontro
Tão sublime
Tão delicado
Tão perturbador
Tão envolvente.

Mas que morre exatamente na união das nossas  mãos
E o singelo sentimento cai no chão.
E o meu sonho angelical
Se transforma em uma realidade fatal.
A vela derreteu e a parafina endureceu
E do vinho sobrou apenas a ressaca
E os meus sentimentos viraram pó na madrugada.

(Melina Murano)  

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