quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Minha Flor de Malmequer




Criei a doce ilusão
Que um dia eu teria a opção
De escolher a minha direção.
Mas a vida me condena
E agora eu pago a minha pena.

Nos caminhos do destino
Uma flor eu arranquei,
Brinquei de malmequer
E uma flor nunca mais terei.

Essa flor que eu peguei
Não foi a que escolhi
Mas apereceu na minha frente
E logo eu a colhi.

Por achar que era fácil
Eu logo a matratei
Arranquei as suas pétalas 
Forcei as suas lágrimas
E sua delicada folha
Se tornou sanguinária.

Minha flor sanguinária!

E um dia eu a joguei fora
E agora, eu a quero de volta
Não por amá-la.
Mas sim por ser feliz 
Em fazê-la sofrer.

(Melina Murano)

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