quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Folha Seca



Aquela folha verde
Sofre presa no tronco, indiferente.
O vento suspira, nos seus ouvidos,
As aventuras divinas,
Movidas pelo prazer da liberdade
De voar com  agilidade.

A folha chora pela sua vida inútil.
A mãe árvore entristece
E logo oferece a independência.
O vento assopra
E ela rola pelo chão da ingratidão.

Folha seca, sem vida,
Caiu no chão perdida
Pois a sua fonte de alegria
Se tornou a morte mais agressiva.

Agora voa, sem vida,
Com o vento uivante
Que vendia verdade inverossímil.
Por vaidade se vendeu
Para um aventureiro.

E agora ela sabe
Que não há dor maior
Do que voar seca, sem vida.

(Melina Murano)

Um comentário:

  1. Calvície, acontece! rs . O olhar poética da sua poesia dá vida às coisas mais simples...

    ResponderExcluir