domingo, 11 de dezembro de 2011

Tristeza



Se a tristeza me tomasse a alma
Em uma noite fria como essa…

Coração perdido no vento
Amor escondido no tempo
Aquelas lembranças que tenho…

Tristeza vem e faz moradia
Não mora aqui só em noite fria
Mora no Luar também.

Na angústia do olhar
Eu fico sem ar
A boca trêmula
Os dedos gélidos.

São aquelas lembranças fétidas
De um tempo onde as derrotas
Eram encaradas de forma gloriosa
Era sempre um aprendizado
Sempre um sorriso estampado.
As minhas lágrimas eram puras
Como o orvalho.

Tristeza sem fim
Disse para mim
Que não seria assim.
Eu te dominaria, sim.
Mas de ti sou prisioneira.

Em sua masmorra, traiçoeira,
Vivo de sussurros mudos
Minhas lágrimas negras
Mostram a alma imunda
Que em mim mora.

E não há sorriso no mundo
Que disfarce essa tristeza profunda.

 (Melina Murano)

Nenhum comentário:

Postar um comentário