terça-feira, 8 de março de 2011

O PESO


Nas minhas costas havia um peso
Era um grande erro
Que de tanto machucar mostra
A verdade por inteiro.
Meus olhos não enxergavam a verdade
De toda minha vaidade.
Mas era o meu enterro
Noite fúnebre no mês de Setembro.
Era o que eu queria
Ser enterrada por melancolia.
A minha face nunca desmostrou
O amor que ele encontrou.
Olhei nos seus olhos e me vi:
Sentada a sorrir.
Ele jamais desconfiaria
Que diante da face angelical
Havia um demônio formal.
Olhei-me no espelho e vi
O grande peso a me ferir.
A minha face se perdeu
Diante do seu mundo e eu.
E agora eu me pergunto:
Quem será eu?

(Melina Murano)

Nenhum comentário:

Postar um comentário