domingo, 28 de março de 2010


Sinto-me inútil!
Que de tão inutil fui desfalecendo
Pelo campo fútil da minha vida.
Olho a minha volta
E não vejo nada que me importa.
Vivo como um caramujo
Rastejo pelo chão sujo
E carrego a casca da minha casa
Que não me abriga.
Ando lentamente e subo o muro da vida
Com a esperança de chegar lá um dia.
Esqueço dos importunos
E lembro-me dos oportunos.
Sem perceber que ainda carrego a minha casa de casca.
E ao subir no topo
Reparo que ainda sou caramujo,
Mas a sujeira a chuva levou.
(Melina Murano)

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