Aquela folha verde
Sofre presa no tronco, indiferente.
O vento suspira, nos seus ouvidos,
As aventuras divinas,
Movidas pelo prazer da liberdade
De voar com agilidade.
A folha chora pela sua vida inútil.
A mãe árvore entristece
E logo oferece a independência.
O vento assopra
E ela rola pelo chão da ingratidão.
Folha seca, sem vida,
Caiu no chão perdida
Pois a sua fonte de alegria
Se tornou a morte mais agressiva.
Agora voa, sem vida,
Com o vento uivante
Que vendia verdade inverossímil.
Por vaidade se vendeu
Para um aventureiro.
E agora ela sabe
Que não há dor maior
Do que voar seca, sem vida.
(Melina Murano)
Calvície, acontece! rs . O olhar poética da sua poesia dá vida às coisas mais simples...
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