Essa
madrugada Sonhei
que
estava em lugares de dar medo.
Queria
a realidade e não a tinha.
Era
sufocante aquele pesadelo.
seria
um desgosto morrer
por
aquilo que me ordenassem.
Eram
máquinas enormes,
eram
prisões gigantes,
eram
vidas sendo tratadas com desprezo humano,
induzidas
a fazerem o que não queriam.
O
bom ficou ruim.
O
ruim ficou bom.
Eu
estava em um labirinto enorme
de
regras amordaçadas.
Ninguém
se comunicava
só
obedecia.
Era
a maldade humana,
eram
maquinas de maldade,
era
a ‘humana máquina da maldade’.
Era
a vida dura e penosa
em
passos pequenos e torturantes
naquele
labirinto de tecnologia.
A
grande graça era ser robô.
Era
o meu mundo se transformando,
caindo…
Eu
era alguém que eu não conhecia.
Minha
família era outra.
Meus
amigos não existiam.
Eu
corria e queria sair desse mundo
mas
ele não tinha fim.
Era
grande o meu labirinto
e
minhas tarefas eram algo sem importância.
O
prédio que eu estava ia cair,
eu
estava presa não podia fugir,
era
ordenado que ficássemos,
era
ordenado que morrêssemos.
Eu
queria fugir, eu queria sair.
Não
podia!
Estava
ali para morrer
enquanto
vivia sem fazer nada de bom.
Alguém
me odiava e andava a me maltratar.
Alguém
não me queria e resolveu me matar.
Eu
queria, nesse pesadelo, morrer assim acordaria.
Mas
não foi possível pois quando morri
e
acordei, percebi que morava nessa angústia.
Melina
Murano
Quanta sensibilidade... Lindo poema. És uma grande poetisa!! Do amigo anônimo...
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