Vida se perde vida
Vida se acha vida
Vida, cadê vida?
Só há vida
Ah vida!
Das longes casas
Das vidas passadas
Cada uma com sua graça.
As vidas vão
E perdem as mãos
Se acham os braços
Das coisas sem laços.
Ah vida
Sem nexo.
Só vejo o complexo
Das coisas difíceis
Daquilo que não posso,
Que não me entra.
Voam os pássaros
Para o norte do amor
E partem para sempre
E levam o rancor
Dessas casas sem vida
Viajam para longe,
Para que haja vida.
Ah vida!
Sou eu com a vida
Suspirando eternamente
Naquela casinha sem vida,
Entre milhares amontoadas,
Pelo entardecer do horizonte sem graça.
Ah Vida!!
(Melina Murano)
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