domingo, 12 de agosto de 2012

Nada se apaga




Você quer apagar a vida
Não percebe que vida não se apaga.
Se recomeça.
De nada adianta martelar o sentimento
Ou aprisionar o passado
Os dois existem e são fantasmas na sua vida,
Voltam na noite, te perseguem no dia
E você foge, mas eles te acham
E te maltratam.
Venha comigo!
Vamos encarar a realidade!
Perceberá que tudo depende
De como você olha a sua verdade.

Melina Murano







Eu escrevo outra coisa...

Desculpa!
Mas eu não perderia
meu tempo com você,
eu tenho coisas maiores
e melhores para conquistar.

Eu estou aqui para escrever
coisas novas e não quero
passar a borracha em folhas velhas.
Escritos sujos e borrados
não me interessam.

Eu escrevo com caneta vermelha,
letra bonita, cor vibrante,
folha limpa, caderno novo.

Tenho boas vibrações,
 uma pena iluminada na mão
e muita imaginação.
 Sou eu e meus escritos, limpos,
Sem rasuras, sem passado velho.

Você não pertence mais
Aos meus escritos imorais.

Melina Murano

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Esqueça-me




Estou cansada!
Cansada de ler suas poesias
Sem sentindo, sem melodia.
Tocam o meu coração
Mas não tocam a minha alma.
Suas palavras rudes e defensivas
Mostram a melancolia do seu olhar
E quer me matar,
E quer me amar,
Você sempre me condena
Sou sempre culpada.
Estou cansada.
Você insiste que eu leia,
Você insiste que eu fale.
Mas se falo,
No outro dia é outra poesia
Abominando as minhas palavras.
Sempre tão coitado
Sempre tão rejeitado.
Diz que me ama
Mas não sabe o que é isso
Você ama como ventania
Derruba tudo com sua rima.
Não sou poema
Nem poesia
Sou confusa
E desiludida.
Coisa que você nunca viu
Coisa que você sonha em ter
E talvez nunca terá.
Me irrita essa mania
De dar tapas com luvas de pelica
Seja homem e me bata na cara
Com suas palavras malditas.
Seja homem e me mande embora da sua vida!
Não quero mais ficar!
Eu Não vou embora,
Pois eu já fui embora,
Eu nunca estive presente.

Melina Murano